A Polícia Federal desencadeou nesta terça-feira (1º) a Operação Despesca II, com a meta de cumprir mandados judiciais relacionados a investigações sobre a exploração ilegal de ouro no município de Santaluz, situado na região do sisal, na Bahia.

Segundo informações da corporação, a ofensiva dá sequência à Operação Insistência, realizada em dezembro de 2023, quando foram feitas buscas em diversos garimpos de uma fazenda no povoado de Serra Branca, além do endereço residencial do proprietário do imóvel.

Nesta nova fase, os agentes federais cumpriram seis mandados de busca e apreensão em residências de investigados, em empresas ligadas ao grupo e também em uma propriedade rural onde teria sido montada outra estrutura de extração de ouro, usando rejeitos de minério oriundos de garimpos clandestinos da mesma região.

As investigações indicam que os suspeitos mantiveram a atividade criminosa, transferindo as chamadas piscinas de cianetação para outro local, numa tentativa de mascarar a continuidade da mineração ilegal e dificultar a fiscalização.

O processo de lixiviação, segundo a PF, era realizado de forma irregular com cianeto de potássio ou cianeto de sódio, produtos extremamente tóxicos e sob controle do Ministério do Exército. O uso indevido dessas substâncias representa sério risco tanto para a saúde da população quanto para o meio ambiente.

Os investigados poderão ser responsabilizados por crimes de usurpação de bens da União, formação de associação criminosa, posse de artefato explosivo, extração ilegal de recursos minerais, além de uso e armazenamento irregular de produtos tóxicos, perigosos ou nocivos.