O corpo da miss baiana Raissa Suellen foi sepultado nesta sexta-feira (13), em Paulo Afonso, no norte da Bahia, cidade onde ela nasceu. O enterro aconteceu no mesmo dia em que a jovem completaria 24 anos. Raissa foi assassinada no dia 2 de junho, em Curitiba (PR), onde morava desde 2021.

A cerimônia de despedida foi marcada por forte comoção. Familiares e amigos usaram camisas com a imagem da jovem, levaram flores e soltaram balões brancos em sua homenagem. O caixão foi coberto com a bandeira do município e, durante o cortejo, uma música tocava em tributo à vítima. O velório foi realizado no ginásio esportivo da cidade e reuniu uma multidão.

"Ela sempre fazia a gente rir. Hoje seria dia de festa, mas estamos enterrando o corpo dela. Só queremos justiça", declarou a prima da vítima, Aléxia Vanessa Soares.

Raissa foi assassinada pelo humorista Marcelo Alves, de 40 anos, que confessou o crime à polícia uma semana após o desaparecimento da jovem. Segundo as investigações, ele era amigo da família da vítima desde que ela tinha 10 anos e foi quem a incentivou a se mudar para o Paraná.

Em depoimento, Marcelo afirmou que matou Raissa após ser rejeitado ao se declarar. Ele contou que usou uma abraçadeira plástica e enterrou o corpo em uma área de mata. No entanto, a polícia contesta a versão e aponta possíveis indícios de premeditação. Laudos iniciais indicam que a causa da morte pode não ter sido estrangulamento, como o suspeito disse, e o corpo não apresentava sinais de defesa, o que levanta a hipótese de que ela tenha sido dopada.

O filho de Marcelo, Dhony de Assis, de 26 anos, também é investigado. Ele admitiu ter dirigido o carro que transportou o corpo de Raissa até o local onde foi enterrado, mas nega participação no assassinato.

O caso está sendo tratado como feminicídio pela Polícia Civil do Paraná. A investigação segue em andamento para esclarecer todas as circunstâncias do crime que chocou o paí