Um míssil disparado do território iemenita caiu neste domingo (4) nos arredores do aeroporto internacional Ben Gurion, nas proximidades de Tel Aviv, em Israel, provocando momentos de pânico entre os passageiros e interrupções no tráfego aéreo. O ataque foi confirmado pelas Forças de Defesa de Israel (IDF), que informaram estar conduzindo uma investigação detalhada sobre o incidente.

O projétil, que não chegou a atingir diretamente as instalações do aeroporto, caiu em uma via próxima ao estacionamento do Terminal 3, segundo as autoridades locais. A explosão ativou os sistemas de alerta e fez soar as sirenes de emergência, forçando viajantes e funcionários a se refugiarem em áreas de segurança.

Com o clima de tensão, companhias aéreas como Air India, TUS Airways e Lufthansa decidiram cancelar seus voos, enquanto outras, com destino principalmente aos Estados Unidos, registraram atrasos superiores a uma hora. As operações foram parcialmente retomadas horas depois, mas ainda com reforço na vigilância.

O serviço de emergências médicas de Israel informou que quatro pessoas precisaram de atendimento — duas com ferimentos leves foram encaminhadas ao hospital, e outras duas passaram mal devido ao pânico. Não há registro de vítimas graves.

Vídeos circulando nas redes sociais captaram o momento da explosão e mostram a fumaça se espalhando nas proximidades do aeroporto. O episódio reacendeu temores de novos ataques a infraestruturas civis estratégicas, em meio ao prolongado conflito entre Israel e grupos aliados ao Irã no Oriente Médio.

A autoria do lançamento foi reivindicada por combatentes houthis, movimento xiita do Iêmen alinhado ao Irã, que declarou o ataque como um ato de solidariedade à população palestina na Faixa de Gaza. O grupo vem intensificando suas ações contra alvos israelenses e aliados ocidentais, especialmente após o início da ofensiva israelense em Gaza.

A situação levou as autoridades israelenses a reforçarem os protocolos de segurança aérea e a avaliarem possíveis ajustes no sistema de defesa antimísseis, que já vinha sendo pressionado por ataques de diversas frentes nos últimos meses.

O governo israelense ainda não comentou oficialmente sobre possíveis retaliações, mas fontes militares indicam que a resposta ao ataque está em análise.