Nesta quinta-feira (15), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro voltou a intervir na presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro afastou Ednaldo Rodrigues do cargo e designou Fernando Sarney, um dos atuais vice-presidentes da entidade, como interventor. A medida determina que Sarney organize novas eleições "com a maior brevidade possível".

A decisão judicial teve como base suspeitas sobre a validade de um acordo firmado entre dirigentes da CBF no início de 2024, que garantiu a permanência de Ednaldo no comando da entidade. O documento é questionado por conter, supostamente, uma assinatura falsificada do ex-presidente Antônio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes, cuja condição de saúde também foi colocada em pauta.

“Declaro nulo o acordo firmado entre as partes, homologado outrora pela Corte Superior, em razão da incapacidade mental e de possível falsificação da assinatura de um dos signatários, Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido por Coronel Nunes”, escreveu o magistrado em sua decisão.

Essa não é a primeira vez que o TJ-RJ destitui Ednaldo Rodrigues. Em dezembro de 2023, ele já havia sido afastado, mas retornou ao cargo por meio de uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, em janeiro deste ano. Recentemente, no dia 7 de maio, o próprio Mendes determinou o envio do caso de volta à Justiça do Rio para investigação urgente.

Segundo informações do portal ‘ge’, o desembargador Zéfiro pretendia ouvir o Coronel Nunes em audiência na última segunda-feira, mas o depoimento foi cancelado após seu advogado informar que o ex-dirigente não compareceria por motivos de saúde. Quatro dias depois, a decisão de afastamento foi oficializada.

Com a nova intervenção judicial, a CBF se vê novamente em um cenário de instabilidade institucional, com mais uma troca de comando e um futuro incerto até a realização de novas eleições.