DESEMPREGO SOBE PARA 7% NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2025, MAS SEGUE NO MENOR NÍVEL HISTÓRICO PARA O PERÍODO
Apesar da alta em relação ao fim de 2024, taxa é a mais baixa já registrada entre janeiro e março desde o início da série do IBGE, iniciada em 2012

O Brasil encerrou o primeiro trimestre de 2025 com uma taxa de desocupação de 7%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa um aumento em relação ao trimestre anterior, que fechou dezembro com 6,2%, mas é o mais baixo já registrado entre os meses de janeiro e março desde o início da série histórica, em 2012.
Até então, o melhor desempenho nesse período havia sido em 2014, quando o índice foi de 7,2%. Em comparação com o mesmo trimestre de 2024, quando a taxa estava em 7,9%, o cenário atual aponta para uma melhora significativa no mercado de trabalho.
De acordo com o IBGE, o aumento da taxa em relação ao fim de 2024 tem como principal explicação a elevação no número de pessoas em busca de ocupação, que cresceu 13,1% — o equivalente a mais 891 mil brasileiros, totalizando 7,7 milhões de desempregados no país. Em relação ao mesmo período do ano passado, no entanto, houve redução de 10,5% nesse contingente.
A coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, apontou que esse crescimento é comum nesta época do ano. “Esse tipo de movimentação é esperada no primeiro trimestre, refletindo o fim de contratos temporários e as mudanças típicas no mercado de trabalho após o período de festas e férias”, explicou.
A metodologia do IBGE considera como desempregadas as pessoas com 14 anos ou mais que estão disponíveis e em busca de trabalho, seja formal ou informal. Aqueles que não estão trabalhando e tampouco procurando emprego não entram no cálculo da taxa de desocupação.
O resultado reforça o cenário de recuperação gradual do emprego no país, ainda que com oscilações pontuais ligadas a fatores sazonais.
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