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Nova Fátima Bahia,12/05/2025

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ANVISA APROVA NOVO REMÉDIO QUE PODE DESACELERAR O AVANÇO DO ALZHEIMER

Kisunla, à base de donanemabe, atua na redução de placas cerebrais e é indicado para fases iniciais da doença


ANVISA APROVA NOVO REMÉDIO QUE PODE DESACELERAR O AVANÇO DO ALZHEIMER Foto: Divulgação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta semana o uso no Brasil de um novo medicamento voltado ao combate ao Alzheimer. Batizado de Kisunla, o remédio tem como princípio ativo o donanemabe, uma substância que age sobre uma das principais marcas da doença: o acúmulo da proteína beta-amiloide no cérebro.

De acordo com a Anvisa, o donanemabe é um anticorpo monoclonal desenvolvido para se ligar aos aglomerados de beta-amiloide, ajudando a removê-los e, com isso, desacelerar a progressão da doença de Alzheimer em seus estágios iniciais.

Resultados promissores em testes

A eficácia do novo tratamento foi avaliada em uma pesquisa com 1.736 voluntários que estavam nos primeiros sinais da doença, com comprometimento cognitivo leve ou demência leve. O estudo comparou a evolução dos pacientes que receberam o medicamento com a de um grupo que recebeu apenas placebo.

Durante 72 semanas, os pacientes tratados com o donanemabe receberam infusões mensais. Segundo os resultados, após 76 semanas, foi observada uma progressão mais lenta da doença entre os pacientes medicados, em relação ao grupo de controle, com diferença estatisticamente significativa.

Restrições e cuidados no uso

O uso do Kisunla, no entanto, não é indicado para todos. Pacientes que tomam anticoagulantes, como a varfarina, ou que tenham angiopatia amiloide cerebral identificada por exame de imagem, devem evitar o tratamento, pois os riscos superam os potenciais benefícios.

Entre os efeitos colaterais mais comuns estão febre, dores de cabeça e sintomas parecidos com os de uma gripe, especialmente associados ao processo de infusão.

A Anvisa ressaltou que o uso do remédio será monitorado com atenção e passará por um plano de minimização de riscos, garantindo que sua aplicação ocorra com o máximo de segurança para os pacientes.

O que é o Alzheimer?

Segundo o Ministério da Saúde, o Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva e sem cura, que causa perda de memória, alterações comportamentais e dificuldade em realizar tarefas diárias. A condição está associada a danos no processamento de proteínas no cérebro, resultando em acúmulo de substâncias tóxicas entre os neurônios.

Essa toxidade leva à morte de células nervosas em áreas críticas do cérebro, como o hipocampo (responsável pela memória) e o córtex cerebral (relacionado à linguagem, raciocínio e reconhecimento sensorial). A causa exata ainda é desconhecida, mas fatores genéticos são apontados como influentes.

Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento multidisciplinar gratuito para pacientes com Alzheimer, incluindo acompanhamento médico, medicamentos e suporte às famílias.















“O tratamento vai muito além do uso de remédios. Alimentação, ambiente, rotina e apoio emocional fazem parte dos cuidados que ajudam a manter a qualidade de vida do paciente”, destaca o ministério.




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