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Nova Fátima,29/03/2024

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Ataque com Míssil em Kharkiv, Ucrânia, Resulta em 50 Mortes de Civis

O ministro do Interior ucraniano, Ihor Klimenko, expressou sua consternação em entrevistas à televisão, descrevendo a tragédia: "Havia pessoas de todas as famílias, de todas as casas da cidade


Ataque com Míssil em Kharkiv, Ucrânia, Resulta em 50 Mortes de Civis Bombardeio em estação de trem deixa ao menos 50 mortos - (crédito: AFP)

Em um dos mais ataques perigosos direcionados à população civil na Ucrânia desde a invasão russa de 2022, pelo menos 50 pessoas perderam suas vidas na explosão de um míssil que atingiu dois edifícios comerciais na via de Hroza, localizada na região de Kharkiv, no nordeste do país.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, comentou sobre o incidente enquanto estava presente em uma conferência de segurança na Espanha. Ele responsabilizou Moscou e o denominado "terror russo" pelo ataque, afirmando que uma resposta severa e incontestável será dada.

Até este momento, o ataque mais letal contra civis ocorreu em abril do ano anterior, quando um míssil explodiu em Kramatorsk, resultando em um número incerto de vítimas, estimado entre 52 e 60 pessoas.

O Kremlin não emitiu uma declaração oficial, mas sua postura costumeira é de que seus ataques visaram apenas alvos militares durante o conflito. Neste ponto, a atribuição de culpa permanece incerta, já que incidentes com mísseis antiaéreos ucranianos já ocorreram ao longo do conflito.

O Ministério do Interior, no entanto, alega que a investigação inicial aponta para o uso de um míssil balístico Iskander-M nos ataques a edifícios. Este tipo de arma não é frequentemente utilizado: de outubro do ano passado até setembro de 2023, apenas 30 mísseis desse tipo foram lançados, com 22 deles sendo interceptados, de acordo com informações de Kiev.

Claramente, essa informação não traz problemas às vítimas. Muitas delas estavam em um café que havia recebido 330 pessoas para uma homenagem a um residente recentemente falecido na cidade. Outras pessoas estavam em uma loja próxima.

O ministro do Interior ucraniano, Ihor Klimenko, expressou sua consternação em entrevistas à televisão, descrevendo a tragédia: "Havia pessoas de todas as famílias, de todas as casas da cidade. É uma tragédia terrível." Entre os mortos, encontra-se uma criança de 6 anos, e pelo menos sete pessoas estão hospitalizadas.

A região de Hroza tem sido alvo de um cerco intenso por parte das forças russas desde que Moscou decidiu responder à contraofensiva lançada por Zelenski em junho, ao sul da frente de batalha. Os russos avançaram mais do que as forças ucranianas, mas até agora não conseguiram uma vitória decisiva.

A Ucrânia evacuou 37 das 270 cidades da região devido ao avanço russo, mas, nas últimas semanas, uma linha de frente se estabilizou. A área de Kharkiv havia sido parcialmente agitada no início do conflito, mas foi retomada em uma ação surpreendente dos ucranianos em setembro do ano passado. O principal objetivo russo agora parece ser Kupiansk, próximo a Hroza, um importante centro de distribuição logística ferroviária.

Em outras três áreas do país, a Força Aérea anunciou que interceptou 24 dos 29 drones suicidas de origem iraniana. Houve danos materiais, mas não foram registradas vítimas.

Zelenski aprovou o ataque para fortalecer seu pedido por mais sistemas de defesa antiaérea durante uma reunião da Comunidade Política Europeia, um grupo formado por apoiadores da Ucrânia contra a invasão russa, realizada em Granada. Ele afirmou em uma postagem no Telegram: "Estamos em negociações com líderes europeus para fortalecer nossas defesas aéreas e proteger o país contra o terror."

Na Espanha, que sediou a reunião, se ofereceu para fornecer sistemas de defesa Patriot, de origem americana, a Zelenski. No dia anterior, o governo dos Estados Unidos havia aprovado a venda de novas unidades desse armamento para Madri, no valor de US$ 2,8 bilhões (R$ 14,5 bilhões hoje).

Além disso, a Espanha ofereceu seis sistemas de mísseis antiaéreos Hawk para ajudar a proteger o corredor proposto pela Ucrânia para o escoamento de sua produção agrícola no Mar Negro. Em julho, a Rússia abandonou o acordo que permitia essa rota, alegando não ter recebido as contrapartidas prometidas, o que levou a uma queda significativa no tráfego de mercadorias na região devido ao temor de interceptações ou ataques.




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