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Nova Fátima,29/03/2024

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Oito Estados do Norte e Nordeste Enfrentam a Pior Estiagem em Quatro Décadas


Oito Estados do Norte e Nordeste Enfrentam a Pior Estiagem em Quatro Décadas Foto: Antônio Lima/SECOM

Oito estados das regiões Norte e Nordeste do Brasil enfrentam em 2023 a pior seca desde 1980, devido à escassez de chuvas. Os estados afetados são Amazonas, Pará, Acre, Amapá, Maranhão, Piauí, Bahia e Sergipe. Essa análise é baseada nos registros de volume de chuva (medidos em milímetros) mantidos pelo Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao governo federal.

A severa falta de chuvas agrava a situação dos rios da região, que enfrentam uma seca persistente, com sérias consequências para a população local, incluindo desabastecimento de alimentos e água, além de prejuízos à navegação. Esse cenário tem relação com um El Niño atípico e o aquecimento global.

As áreas em marrom nos estados mencionados indicam regiões onde a falta de chuvas já quebrou recordes anteriores. As partes em vermelho apontam que essas regiões estão na segunda maior estiagem registrada em sua história. Já as áreas em amarelo indicam que estão enfrentando a terceira pior estiagem.

A estiagem recorde tem causado uma significativa redução nas vazões dos rios estratégicos para a região, incluindo o Negro e o Solimões, que são formadores do rio Amazonas. Imagens do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram a evolução do impacto da seca nesses rios e no Arquipélago de Anavilhanas entre os dias 2 e 29 de setembro, com uma rápida diminuição do nível dos rios.

Márcio Moraes, especialista do Cemaden, expressou preocupação com a velocidade com que os rios estão diminuindo de nível, destacando que isso pode ter impactos significativos, desde problemas na agricultura até o desabastecimento da região e problemas na geração de energia.

A seca recorde é atribuída à combinação de dois fatores que inibem a formação de nuvens e chuvas: o El Niño, que envolve o aquecimento do oceano Pacífico, e a distribuição de calor no oceano Atlântico Norte. Esse cenário já havia ocorrido há oito anos, quando a região enfrentou uma das piores estiagens registradas.

A situação pode piorar, uma vez que o período de seca, que deveria terminar em novembro, agora é esperado para se estender até janeiro, ampliando o recorde da estiagem para outras áreas.

Os impactos da seca extrema são sentidos em diversas esferas, incluindo deslizamentos de terra, desligamentos de linhas de transmissão de energia elétrica e outras consequências significativas para a região.




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